A Faculdade de Ciências e Tecnologias (FCT) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), em parceria com a organização da campanha Maio Furta-Cor Cabo Verde, vai realizar o III Seminário sobre Saúde Mental Materna, subordinado ao lema "Maternidade Atípica: As fases ocultas da maternidade". O evento decorrerá no dia 13 de maio de 2025, das 08h30 às 13h00, no Edifício 8 (salas 101/102) do campus da Uni-CV, na Praia.
Integrado na campanha Maio Furta-Cor, que visa sensibilizar para a saúde mental materna, este seminário propõe uma reflexão sobre as realidades e desafios enfrentados por mães cujas experiências de maternidade divergem do padrão socialmente esperado. O objetivo central é discutir abertamente as "fases ocultas" – muitas vezes marcadas pelo isolamento, sobrecarga e incompreensão – e analisar o estado do suporte à saúde mental materna em Cabo Verde, com particular atenção às mães atípicas e àquelas com filhos neurodivergentes.
O conceito de "Maternidade Atípica" abrange um espectro alargado de situações, incluindo mães de crianças com necessidades específicas de desenvolvimento ou saúde, mães que enfrentam os seus próprios desafios de saúde mental ou física, ou que vivem contextos sociais e familiares particulares. O seminário explorará as dificuldades emocionais, práticas e sociais inerentes a estas vivências, muitas vezes intensificadas pela falta de recursos adequados ou pelo estigma social.
O programa do evento incluirá uma mesa-redonda focada no direito à saúde mental materna em Cabo Verde, contando com perspetivas da psicologia, direito e testemunhos na primeira pessoa. Seguir-se-ão dois painéis temáticos: o primeiro dedicado às "Fases Ocultas da Maternidade: Mães Atípicas", com contributos da enfermagem, psiquiatria e testemunho materno; e o segundo focado nas "Fases Ocultas da Maternidade: Filhos Neurodivergentes", com intervenções da neuropsicologia, fonoaudiologia e psicologia.
O seminário destina-se a mães (em particular as que se identificam com a maternidade atípica), profissionais de saúde e educação, gestores públicos, organizações não governamentais, investigadores, estudantes e à comunidade em geral interessada em aprofundar o conhecimento e contribuir para um ambiente mais acolhedor e solidário para todas as mães e famílias.