Cerca de 200 estudantes e professores de diversas escolas da ilha de Santiago reuniram-se no dia 11 de abril, no evento que marcou o encerramento do Mês da Francofonia, organizado pelo Instituto de Língua Francesa da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) em parceria com a Embaixada de França em Cabo Verde. A celebração destacou a importância do francês como instrumento de diálogo e integração cultural.
Durante a cerimónia, que decorreu no Centro de Convenções, estiveram presentes representantes de várias instituições educativas da ilha e autoridades académicas, destacando-se a presença do Vice-Reitor da Uni-CV, Jorge Tavares. Na sua intervenção, Tavares realçou o crescimento constante do Mês da Francofonia desde o seu início em 2021, destacando o evento como "um marco educativo na ilha de Santiago". O responsável sublinhou ainda a relevância da atividade inaugural deste ano, uma "Conversa Aberta" que reuniu três mulheres com trajetórias distintas, mas todas ligadas pela francofonia, servindo como inspiração para os estudantes.
“Ao reforçarmos o ensino do francês, reforçamos também a inserção internacional dos nossos estudantes e criamos pontes com o mundo francófono”, afirmou Jorge Tavares, dirigindo-se diretamente aos jovens participantes, encorajando-os a considerarem a Uni-CV como plataforma ideal para uma formação sólida e aberta ao cenário global.
Representando a Embaixada de França, a adida Jihen Gneneka destacou o papel da francofonia como um elo fundamental na promoção do diálogo intercultural e da solidariedade entre povos. "Não fechamos um capítulo, mas abrimos antes uma nova página de cooperação e intercâmbio”, frisou Gneneka, sublinhando a importância estratégica da educação e da cultura para a construção de um futuro mais pacífico e unido.
O evento contou com diversas manifestações culturais protagonizadas pelos estudantes, como atuações musicais, teatro e desfiles, proporcionando um espaço onde os jovens puderam exprimir livremente a sua ligação com a língua francesa. A significativa participação estudantil reforçou o crescente interesse pela francofonia em Cabo Verde, confirmando o sucesso da iniciativa e o seu impacto junto da comunidade escolar e académica do arquipélago.
O Mês da Francofonia é celebrado anualmente entre março e abril, promovendo globalmente a língua francesa e valores essenciais como a diversidade cultural, o diálogo internacional e a cooperação.
A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), através do Instituto de Língua Francesa, realizou na quinta-feira, 27 de março, um evento especial intitulado "Olhares Cruzados: Percursos Diferentes no Mesmo Espaço". A iniciativa, que marcou o início das comemorações mês da Francofonia, no Dia da Mulher Cabo-verdiana, decorreu no campus do Palmarejo Grande, reunindo docentes, estudantes, representantes da Embaixada de França e membros da comunidade académica.
Na abertura do evento, o Magnífico Reitor da Uni-CV, José Arlindo Barreto, sublinhou a relevância da língua francesa como instrumento de comunicação intercultural e veículo para ideias e debates essenciais sobre a condição humana. Destacou o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Língua Francesa e pelos professores, enfatizando a importância de ensinar e aprender com paixão e estratégia. "Aprender uma língua estrangeira exige paixão e astúcia, e o nosso compromisso é transmitir o gosto pela língua francesa," afirmou.
O Reitor aproveitou ainda a ocasião para prestar homenagem às mulheres cabo-verdianas, destacando o seu papel fundamental, frequentemente invisível, na vida familiar e na educação dos filhos. Chamou à atenção para a necessidade urgente de reconhecimento e justiça em relação aos esforços das mulheres, especialmente as que vivem em zonas rurais e enfrentam realidades difíceis. "É preciso sair do nosso meio para compreender a realidade das mulheres que desempenham tarefas essenciais ao funcionamento da sociedade cabo-verdiana," sublinhou.
Representando a Embaixada de França, Rodolfe Barré, realçou a parceria estratégica entre a embaixada e a Uni-CV, destacando que esta colaboração tem permitido a criação de programas de intercâmbio e formações linguísticas altamente enriquecedoras. "A língua francesa é uma ponte entre culturas e nações, facilitando o diálogo, o intercâmbio cultural e o acesso a oportunidades internacionais," declarou. Reforçou ainda o compromisso da embaixada em continuar apoiando a universidade e as novas gerações no domínio da francofonia.
O evento teve também um momento cultural, com a declamação do poema Femme Noire, de Léopold Sédar Senghor, uma homenagem às mulheres africanas realizada por um estudante, criando um momento de emoção e reflexão na sala.
A atividade principal, o painel "Olhares Cruzados: Percursos Diferentes no Mesmo Espaço", reuniu três convidadas que partilharam os seus percursos pessoais e profissionais, numa reflexão aberta sobre desafios comuns e experiências diversas vividas por mulheres cabo-verdianas em diferentes contextos sociais e culturais.
A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e a Embaixada de França em Cabo Verde celebraram, na última quinta-feira de novembro, o Dia Internacional do Professor de Francês, conhecido como "Le Jour du Prof de français", com uma cerimónia que reuniu professores, estudantes e representantes institucionais. O evento, realizado nas instalações da Uni-CV, teve como lema “Toutes championnes, tous champions - Porteurs de la flamme francophone” ("Todas campeãs, todos campeões - Portadores da chama francófona") e serviu para enaltecer o trabalho dos docentes de francês no país, bem como anunciar novos projetos de cooperação educativa entre França e Cabo Verde.
A Adida de Cooperação da Embaixada de França, Jihen Gneneka, manifestou o seu entusiasmo pelo vigor da comunidade francófona cabo-verdiana, destacando o recente Terceiro Colóquio Nacional de Professores de Francês, realizado nos dias 21 e 22 de novembro no Mindelo. "Os professores de francês reúnem-se, debatem e partilham as suas experiências. Um verdadeiro espírito de equipa, um autêntico trabalho de campeões," afirmou.
No seu discurso, a representante francesa anunciou projetos de cooperação, incluindo a atribuição de bolsas de estágio FLE (Francês Língua Estrangeira) a professores das ilhas de Santiago, Maio e Brava. "Conseguimos finalmente incluir a ilha Brava, e progressivamente os esforços estão a dar frutos," referiu. Além disso, estão previstas missões exploratórias de especialistas da Agência Francesa de Educação Internacional em Cabo Verde e viagens de estudo para educadores cabo-verdianos a França, com o intuito de restabelecer o diálogo entre as autoridades educativas dos dois países.
"Esperamos contribuir para o fortalecimento do ensino e da aprendizagem da língua francesa, melhorando a formação contínua dos professores," sublinhou. "A Embaixada de França estará sempre disponível para vos apoiar, incentivando-vos a superar-se e a visar a excelência."
O Reitor da Uni-CV, José Arlindo Barreto, expressou o seu apreço pela parceria com a Embaixada de França, realçando a importância do apoio recebido ao longo dos anos. "A Embaixada de França representa, para a Universidade de Cabo Verde, um parceiro importante. Não apenas no desenvolvimento da língua, mas em todas as atividades que temos realizado juntos," afirmou. O reitor enfatizou a relevância da formação de professores e estudantes através de bolsas concedidas pela cooperação francesa e manifestou o desejo de aprofundar esta colaboração.
Dirigindo-se aos estudantes presentes, o reitor incentivou-os a aproveitar as oportunidades de aprendizagem e a paixão transmitida pelos professores. "A língua francesa é belíssima, e hoje existem ferramentas extraordinárias para explorar a sua riqueza. Aproveitem o tempo que têm, pois muitos de vós ocuparão, no futuro, posições de responsabilidade," disse.
No decorrer do evento, foram entregues certificados de participação a estudantes que se destacaram em atividades relacionadas com a língua francesa, incluindo a participação num atelier de realização de filmes no Festival Francófono da Praia.
O evento prosseguiu com uma Conversa Aberta intitulada "Toutes championnes, tous champions - Porteurs de la flamme francophone" ("Todas campeãs, todos campeões - Portadores da chama francófona"). A sessão foi moderada pelo Professor Pau Moreno e contou com a participação dos seguintes oradores: Professor Lourenço dos Santos Andrade, Professora Macklise Alfama Cabral e a Professora Joela Silva. A mesa-redonda proporcionou um espaço de diálogo interativo, onde os oradores partilharam experiências e perspetivas sobre o ensino da língua francesa em Cabo Verde. Discutiram-se estratégias para promover o francês nas escolas e universidades, bem como a importância da formação contínua dos professores para manter viva a chama francófona no país.
A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) realizou, na quinta-feira, 23 de janeiro, mais uma edição da Noite de Leitura, uma iniciativa promovida pelo Instituto da Língua Francesa da Uni-CV, com o apoio da Embaixada de França em Cabo Verde e do Centro de Empregabilidade Francófono – Praia. O evento, realizado no Auditório 102 do Campus do Palmarejo Grande, reuniu estudantes do ensino secundário – em particular da Escola da Várzea – e membros da comunidade académica, Magnífico Reitor da Uni-CV, José Arlindo Barreto, e da Pró-Reitora para as áreas de Política Estudantil, Social e Extensão, Fátima Fernandes, numa celebração do prazer de ler e de partilhar textos em diferentes línguas, com destaque para o francês.
Segundo Diretor do Instituto da Língua Francesa, Abderahim Dia, “o objetivo fundamental das Noites de Leitura é promover o gosto pela leitura, tanto na língua francesa como em outros idiomas, e demonstrar aos jovens que o francês é acessível e pode ser desfrutado de forma interativa e dinâmica”. Para o responsável, estas atividades permitem a “valorização da literatura como parte essencial da cultura”, ao mesmo tempo que criam oportunidades de envolvimento para a nova geração, incluindo a possibilidade de atividades artísticas e eventualmente profissionais ligadas à prática da leitura em voz alta, acompanhada de música e de outras formas de expressão.
No que toca ao desenvolvimento da língua francesa em Cabo Verde, Abderahim Dia reconhece que a adesão do público tem crescido ao longo das edições, mas sublinha o desejo de alcançar “uma participação ainda maior, tanto de estudantes universitários quanto de alunos do ensino secundário”. O Instituto, que também organiza festivais de cinema inspirados em obras literárias, vê na literatura um elemento-chave para aproximar as comunidades locais da cultura francófona, fomentando a inclusão e o diálogo intercultural.
Ainda assim, o Diretor do Instituto admite que há desafios a vencer no processo, nomeadamente no que se refere à integração das atividades artísticas e literárias no quotidiano das comunidades, bem como à mobilização de mais escolas e parceiros. “Convidámos três escolas para esta edição, mas apenas a Escola da Várzea pôde estar presente. O nosso objetivo é alargar a rede de instituições envolvidas, criando um ecossistema que valorize a literatura e estimule tanto a leitura em voz alta como a criação de momentos artísticos que contribuam para o enriquecimento cultural e, simultaneamente, para a empregabilidade dos jovens”, pontua Abderahim Dia.
Sobre os planos futuros, o responsável adianta que o Instituto prevê realizar novas Noites de Leitura noutros espaços, procurando aproximar-se das comunidades e demonstrar como a prática leitora – seja em francês, português ou crioulo – pode abrir caminhos profissionais e promover a inclusão social. Nesse sentido, a iniciativa pretende reforçar a colaboração com escolas, associações culturais e demais agentes interessados em tornar o ato de ler num verdadeiro fenómeno coletivo, capaz de desenvolver competências linguísticas, criatividade e senso crítico.
Nos dias 20 e 21 de junho de 2024, a Universidade de Cabo Verde, através do Instituto da Língua Francesa, em colaboração com a Embaixada de França, celebrou a sétima edição da Festa da Música. Este evento anual, que se tornou um marco no panorama cultural da universidade, destacou-se pela diversidade de géneros musicais e a colaboração entre artistas locais e internacionais.
No dia 20 de junho, o Centro de Convenções da Uni-CV foi palco de um concerto exclusivo do Karlsruhe Concert Duo da Alemanha. O evento contou com a participação especial da Academia Cesária Évora e da Escola Militar, oferecendo uma mistura única de música clássica com talentos locais. A noite foi planeada para entreter, mas também para inspirar a comunidade académica e o público geral com a harmonia da música clássica e contemporânea.
A embaixadora da Alemanha em Portugal e acreditada para Cabo Verde, Julia Monar, expressou o sucesso da iniciativa de trazer nuances da música alemã para Cabo Verde. O seu discurso não só sublinhou a colaboração frutífera entre nações, mas também a emocionante integração de jovens talentos da Academia Cesária Évora no programa do festival.
Por outro lado, o Reitor da Uni-CV, José Arlindo Barreto, destacou a relevância da Festa da Música como um evento que democratiza o acesso à cultura musical. Seu comentário, "se há um país que merece celebrar a Festa da Música, esse país deve ser Cabo Verde", captura perfeitamente o espírito de um evento que se tornou uma celebração popular e inclusiva.
No dia seguinte, 21 de junho, a pracinha escola grande no platô transformou-se num cenário vibrante para performances de diversos artistas. Além do Karlsruhe Concert Duo, o evento contou com apresentações do Clube de Francês da Uni-CV, o grupo NKN, Eunice e Geórgia, as Batucadeiras de Mondon, M’lie e Helder MC. A variedade de atuações refletiu a riqueza cultural de Cabo Verde e o espírito inclusivo da Festa da Música.
A Festa da Música em Cabo Verde é mais do que um evento local; é parte de uma celebração global que ocorre em cerca de cem países no dia do solstício de verão, marcando o início do verão no hemisfério norte. Este festival é uma oportunidade para músicos amadores e profissionais apresentarem seus trabalhos ao público, promovendo a música de todos os géneros e origens.